My personal Beatles # 1: Rain


No natal de 2015 o mundo do streaming foi presenteado com os Beatles. Ainda faltam alguns álbuns, mas a discografia básica está lá. A primeira coisa que eu fiz foi criar uma playlist no Spotify que eu chamei de "My Personal Beatles". Deixei de lado algumas obviedades (Yesterday, Hey Jude) e outras que não gosto (Maxwell Silver Hammer). A lista ficou longa: 104 (total de músicas disponíveis: 226).  São 4 horas e 44 minutos de escolha pessoal de Beatles.

Eu prefiro as canções mais obscuras. mais experimentais, menos conhecidas. Vou falar sobre algumas delas neste blog. A primeira é Rain, composta por John Lennon em 1966. Deveria fazer parte do álbum Revolver, mas acabou virando o lado B de compacto. Nessa época os Beatles estavam fartos da histeria dos shows e queriam ficar no estúdio experimentando novos sons e criando discos cada vez mais complexos. Além disso, começavam a tomar LSD. Rain é uma canção simples apenas na aparência. Sua letra pode significar o uso da meteorologia na falta de assunto ou pode também significar uma nova visão nova da realidade através do ácido lisérgico.

Rain é a primeira gravação "psicodélica" dos Beatles, e uma das primeiras na história do rock. No minuto 02:25 a banda faz um breque e volta para a música de uma maneira inédita para a música pop da época. Ringo Starr considera sua participação nesta faixa como a melhor da sua carreira. Paul McCartney toca seu baixo usando as notas mais agudas. A voz de Lennon está num ponto fixo do canal esquerdo, o coro de backup (John, Paul, George) no canal direito. No finalzinho, ainda de um jeito muito discreto, Lennon e o produtor George Martin encaixaram o som das vozes e das guitarras tocadas de trás para frente - uma revolução para a época.


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