SPECTRE podia ser muito melhor (e mais curto)


SPECTRE é o 24o filme oficial de James Bond, ou 28o se a gente contar os não-oficiais também. Já disse aqui e repito: eu nasci no ano em que o primeiro livro do agente 007 foi lançado. Bond me acompanha pela vida, e espero que me acompanhe até o fim. Cada lançamento de filme é um evento pessoal ansiosamente aguardado.

Dito isso tudo, sou obrigado a dizer que SPECTRE (agora nos cinemas) não se encaixa entre os melhores da série. O excelente Skyfall levantou demais as expectativas para o próximo filme, dirigido pelo mesno Sam Mendes. O resultado atende a todos os desejos de um bondmaníaco, mas pareceu um pouco forçado na sua ambição. (E no tamanho também: com 148 minutos é o mais longo de toda a série).


O novo filme tenta juntar todos os 3 anteriores da fase Daniel Craig numa única saga, e relançar a organização criminosa SPECTRE. O complô se torna tão vasto que perde um pouco da força. E perto do exuberante e original Javier Barden (o vilão de Skyfall), Chris Waltz, o mega vilão de SPECTRE, ficou pequeno e convencional.

Certas cenas valem o preço do filme - como a abertura no México, as cenas sobre a neve na Áustria, e o lindo passeio de trem pelo Marrocos. Outras coisas irritam, como a música tema, cantada pelo queridinho depressivo da hora, Sam Smith. E às vezes o roteiro nos trata como bobos. Por outro lado, a atividade sentimental/sexual de Bond neste filme é bem mais interessante do que foi em Skyfall. Foram escolhidas duas atrizes à altura do mito, Léa Seydoux e Monica Bellucci, a primeira Bond Girl cinquentona da série.

Deixei claro que SPECTRE não está entre meus favoritos. Mas assistiria amanhã de novo.

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