Brüno

Assisti Brüno ontem, e é mesmo uma espécie de "Borat gay". A mesma estrutura, a mesma forma de fazer cinema onde você não sabe o que é real, o que é simulado. Sacha Baron Cohen é um daqueles atores que não interpreta, mas incorpora a personagem.

Tenho lido altos elogios ao filme e ele merece cada um deles. Mas tem um aspecto em especial que me fascinou nele, mais do que tinha me ligado em Borat. Brüno transpira liberdade. Eu tenho horror a qualquer tipo de preconceito, incluindo aí preconceito contra gays e mulheres. Mas também não admito o contrário: que gays e mulheres não possam ser criticados e ridicularizados como nós, homens heterossexuais costumamos ser.

Eu acho triste quando vejo um filme como Brüno ser lançado e logo aparecem ONGs de "defesa" dos gays ameaçando com boicote, censura, processo, etc. São grupos minoritários, e preconceituosos. Brüno ignora qualquer regra de correção político-ideológica e detona todo mundo: as maiorias e as minorias, gays e machões, homens e mulheres. Cai na jugular dessa mania fútil e ridícula que algumas estrelas praticam de importar bebês dos confins do quarto mundo para exibi-los como novas peças de roupa. Essa liberdade de gozar e esculachar é fundamental para que a sociedade amadureça. E se torne cada vez mais tolerante.

Comentários

Postagens mais visitadas