Finalmente Al Jolson

Quando eu era criança meu pai me ensinou a gostar de Al Jolson. Ele tinha um disco em 78 rotações com seus maiores sucessos: My Mammy de um lado e Sonny Boy do outro. Ouvi esse disco um minhão de vezes com meu pai. A gente assistiu muitas vezes a um filme sobre a vida de Al Jolson (estrelado por Larry Parks). Mas nunca chegamos a ver uma imagem real de Al Jolson cantando.

Al Jolson nasceu na Rússia em 1886. Mudou-se com a família para os EUA e com sua voz e carisma logo estava brilhando na Broadway. Sua marca registrada era pintar a cara com uma graxa e imitar um cantor negro, se ajoelhando sempre que cantava My Mammy. Coube a Al Jolson a honra de ser o astro do primeiro filme falado da história do cinema, O Cantor de Jazz, de 1927. Ele se transformou num ícone pop que sobrevive muito além de sua morte, em 1950.

Meu pai morreu quarenta anos depois do ídolo de cara pintada. E eu estou tendo a chance que ele não teve - foram lançados no Brasil oito DVDs estrelados por Al Jolson (incluindo o histórico The Jazz Singer). Estou viciado, assistindo um atrás do outro. Não são obras primas do cinema, mas a arte e a simpatia de Jolson me hipnotizam. Ou quem sabe meu velho Decio não esteja me visitando para um cineminha em casa?

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns por preservar a memória de Al Jolson, de quem sou fã até agora, aos 74 anos. Tinha a maioria de seus discos em 78 rpm, os quais me desfim na mês passado - dei para um colecionador - não me arrependo, pois na minha mão iria acabando indo para o lixo se eu partisse, mas ainda preservo vários LPs e alguns CD. Apesar de gostar de muitos cantores - de F. Sinatra à Perry Como, Al jolson ainda é o melhor pelo seu estilo inimitável. É uma viagem ao passado toda vez que o escuto. Abraços.
jrgullino@oi.com.br

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