Meu filme # 1707: Poseidon

Quem não viu na época, não sabe o impacto que teve o filme O Destino do Poseidon, de 1972. Todo mundo viu, e a gente ainda saía do cinema com aquela maldita musiquinha buzinando na cabeça: "Is got to be a morning afteeeeeeeeeeeerrrr". Era kitsch, era superficial. Mas obrigatório.

A nova versão tem uma espetacular abertura digital de 2 minutos e meio, um festival de tecnologia e prazer visual. O diretor alemão Wolfgang Petersen (de grandes filmes como Das Boot, Na Linha de Fogo, Air Force One, Tróia) é um grande inovador tecnológico do cinema, na linha de James Cameron.

Poseidon (2006) tem grandes efeitos e truques. Mas não envolve ninguém. O roteiro de Mark Protosevich (que escreveu o perturbador A Cela, de 2000) apresenta personagens pelos quais ninguém consegue torcer. As atrizes principais são todas muito parecidas. Nem a gigantesca onda que vira o navio de cabeça para baixo tem uma alma. Ela surge do nada em dez minutos, sem uma situação que a justifique. Se você quiser ver o que Poseidon poderia ter sido, assista "The Perfect Storm", do mesmo Petersen.

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